Empregado doméstico tem direito ao auxílio-doença?

O auxílio-doença é um benefício previdenciário essencial para trabalhadores que se encontram temporariamente incapacitados para o trabalho devido a problemas de saúde. 

A legislação previdenciária brasileira, em especial a Lei n.º 8.213/1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, regula a concessão deste benefício. 

Os empregados domésticos, assim como outros trabalhadores, têm direito ao auxílio-doença, se cumprirem os requisitos estabelecidos pela legislação. 

Por isso, entender como esse benefício se aplica aos empregados domésticos é essencial para garantir que seus direitos sejam respeitados e que eles recebam o suporte necessário durante o período de afastamento.

O que é o auxílio-doença?

O auxílio-doença é um benefício previdenciário concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos trabalhadores que se encontram temporariamente incapacitados para o trabalho devido a problemas de saúde. 

O auxílio-doença possibilita garantir a subsistência do trabalhador durante o período de afastamento. Proporcionando um suporte financeiro enquanto ele se recupera e está impossibilitado de exercer suas atividades laborais. 

Porém, para ter direito ao auxílio-doença, o trabalhador deve comprovar que está temporariamente incapacitado para o trabalho por meio de laudos médicos e perícias realizadas pelo INSS. 

É necessário cumprir um período de carência de 12 contribuições mensais, exceto em casos de acidente de trabalho ou doenças previstas em lei, que dispensam o cumprimento da carência.

Por fim, vale destacar que o auxílio-doença, nesses casos, e acidente de qualquer natureza também isentam a carência necessária para o benefício conforme o art. 26, II da Lei 8.213,91.

Benefício concedido pelo INSS para afastamento por incapacidade temporária

Para ter direito ao auxílio-doença, o trabalhador deve comprovar que está temporariamente incapacitado para o trabalho por meio de laudos médicos e perícias realizadas pelo INSS. 

Porém, a concessão do auxílio-doença pode ser um processo complexo. Por isso a orientação de um advogado especializado se torna indispensável para garantir que os direitos do trabalhador serão respeitados.

Nesse contexto, ter um advogado é necessário para fornecer orientação jurídica e auxiliar na organização dos documentos necessários, bem como a compreensão dos requisitos legais e na condução do processo com o INSS.

Requisitos necessários para o empregado doméstico ter direito ao auxílio-doença

Os empregados domésticos, assim como outros trabalhadores, têm direito ao auxílio-doença, se cumprirem os requisitos estabelecidos pela legislação previdenciária. 

Para ter direito ao benefício, o empregado doméstico deve estar inscrito no INSS e ter realizado contribuições mensais por um período mínimo de 12 meses, conhecido como período de carência. 

No entanto, em casos de acidente de trabalho ou doenças graves previstas em lei, o cumprimento da carência não é exigido. Mas o empregado doméstico deve comprovar a incapacidade temporária para realizar o trabalho, por meio de laudos médicos e outros documentos pertinentes.

Nesse contexto, vale lembrar que a documentação e os laudos médicos precisam ser detalhados para comprovar que a doença, de fato, afeta a capacidade laboral do empregado.

Importância de consultar um advogado especializado para receber orientação jurídica

A concessão do auxílio-doença pode ser um processo complexo e burocrático. Por isso, a orientação de um advogado especializado é fundamental para garantir que o trabalhador tenha seus direitos respeitados. 

Um advogado com experiência em direito previdenciário tem o conhecimento necessário para orientar o trabalhador sobre os requisitos legais e os documentos necessários para a concessão do benefício. 

Além de auxiliar na organização dos documentos e na preparação para a perícia médica, o advogado pode representar o trabalhador em eventuais recursos administrativos. Caso o benefício seja negado ou haja divergências quanto ao valor concedido. O processo de recurso pode ser complexo e exigir conhecimento técnico específico, e a representação por um advogado pode fazer a diferença entre o sucesso e o insucesso do recurso. 

O advogado especializado consegue identificar eventuais falhas no processo administrativo e apresentar argumentos jurídicos sólidos para defender os direitos do trabalhador.

Outra vantagem de contar com um advogado especializado é a possibilidade de obter um atendimento personalizado e adaptado às necessidades específicas do trabalhador. Já que cada caso é único, somente  o advogado consegue analisar as  particularidades do caso do trabalhador e desenvolver uma estratégia jurídica adequada. 

Diferença entre auxílio-doença comum e acidentário

O auxílio-doença pode ser classificado em duas categorias: comum e acidentário. Ambos garantem o pagamento do benefício ao segurado incapacitado, mas possuem regras diferentes.

Auxílio-doença comum e suas regras para empregados domésticos

O auxílio-doença comum é um benefício previdenciário concedido ao empregado doméstico quando a incapacidade temporária para o trabalho decorre de uma doença ou lesão que não está relacionada ao ambiente de trabalho. 

Existem diversas situações que podem gerar o direito ao auxílio-doença comum para empregados domésticos. 

Entre os exemplos mais comuns estão doenças como pneumonia, depressão ou hérnia de disco, que podem incapacitar temporariamente o trabalhador para o desempenho de suas funções. 

Além disso, cirurgias que exigem afastamento prolongado, como procedimentos ortopédicos ou abdominais, também podem justificar a concessão do benefício. 

Problemas ortopédicos não relacionados ao trabalho, como lesões nos joelhos ou coluna, são outras condições que podem resultar na necessidade de afastamento e, consequentemente, no direito ao auxílio-doença comum.

É importante destacar que, no caso do auxílio-doença comum, não há garantia de estabilidade no emprego após o retorno ao trabalho, ou seja, o empregador pode rescindir o contrato de trabalho normalmente, sem a obrigação de manter o empregado no cargo por um período determinado após o retorno. 

Auxílio-doença acidentário e a relação com acidente de trabalho

O auxílio-doença acidentário é um benefício previdenciário concedido ao empregado doméstico quando a incapacidade temporária para o trabalho resulta de um acidente de trabalho ou de uma doença ocupacional. 

Existem várias situações que podem gerar o direito ao auxílio-doença acidentário para empregados domésticos. 

Entre os exemplos mais comuns estão quedas no ambiente de trabalho, que podem resultar em lesões graves e incapacitantes. 

Doenças causadas pelo esforço repetitivo, como Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), podem justificar a concessão do benefício. Pois afetam diretamente a capacidade do trabalhador de desempenhar suas funções. 

Além disso, lesões por exposição a produtos químicos ou biológicos, que podem ocorrer em ambientes onde o trabalhador lida com produtos de limpeza ou outros agentes potencialmente nocivos, são outras situações que podem resultar na necessidade de afastamento e no direito ao auxílio-doença acidentário.

Por fim, uma das principais diferenças entre o auxílio-doença comum e o auxílio-doença acidentário é a garantia de estabilidade no emprego após o retorno ao trabalho. 

No caso do auxílio-doença acidentário, o empregado doméstico tem direito a estabilidade por 12 meses após o retorno. Ou seja, o empregador não pode demiti-lo sem justa causa durante esse período. 

Desafios na concessão do benefício e como evitar negativa

A concessão do auxílio-doença pode apresentar diversos desafios para o trabalhador, desde a comprovação da incapacidade temporária até a condução do processo junto ao INSS. 

A legislação previdenciária estabelece requisitos específicos para a concessão do benefício, e a falta de conhecimento sobre esses requisitos pode resultar na negativa do benefício. 

Além disso, o processo de solicitação pode ser complexo e burocrático, exigindo que o trabalhador apresente documentação médica detalhada e se submeta a perícias realizadas pelo INSS.

Um dos principais desafios na concessão do auxílio-doença é a comprovação da incapacidade temporária para o trabalho. 

O trabalhador deve apresentar laudos médicos e se submeter a perícias realizadas pelo INSS para comprovar a existência da incapacidade. Porque a falta de documentação adequada ou a apresentação de laudos incompletos pode resultar na negativa do benefício. Além disso, o INSS pode questionar a existência da incapacidade ou a relação entre o problema de saúde e a incapacidade laboral. Exigindo que o trabalhador apresente provas adicionais.

Por isso, ter um advogado especializado por ser de grande ajuda. Esse profissional está capacitado e acostumado a lidar com situações como essas. Além de estar preparado para apresentar recursos administrativos e judiciais, caso o benefício seja negado ou haja divergência quanto ao valor concedido.

BMZ Advogados e a assessoria especializada em direito previdenciário

A BMZ Advogados é um escritório especializado em direito previdenciário, com ampla experiência na assessoria a trabalhadores que buscam a concessão do auxílio-acidente. 

Com uma equipe de advogados altamente qualificados e comprometidos com a defesa dos direitos dos trabalhadores, a BMZ Advogados oferece um atendimento personalizado e adaptado às necessidades específicas de cada cliente.

Se você está precisando solicitar o auxílio-acidente, entre em contato com a BMZ Advogados e garanta a orientação jurídica que você precisa para lidar com essa situação.

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